Curso Licenciatura em Pedagogia UERJ-CEDERJ
A Importância de Trabalhar Projetos em Sala de Aula
Ao ler o enunciado na disciplina da plataforma do que seria o IV Seminário, fiquei muito feliz
com a importância desse aprendizado mas ao mesmo tempo, ansiosa e
apreensiva, pois além de atuar como voluntária na rede pública e não
ser professora ainda, nunca trabalhei com projetos porém, ao ser recebida
com um Bem-vindos! e a linda poesia “ Assim como as ondas no mar” de
Jorge Linhaça, logo me animei e como um bom surfista faria, me preparei para
surfar nas ondas dos novos aprendizados, pois as ondas erguem-se e assustam
mas, o temor não dura mais que uns instantes e cercada de tanto apoio e carinho
pela equipe, com certeza sobre elas, não vou naufragar e como escreveu Amyr
Klink:”
um homem precisa viajar...” e lá vou eu.
Depois do fórum de
apresentação, iniciou-se uma conversa com uma tirinha muito interessante onde a
menina Mafalda com suas inquietudes, que é normal de todas as crianças, deixa a
professora encabulada. Passei para o Caderno da TV Escola (escrito em 1998 para
registrar e complementar uma série de Projetos de Trabalhos que passavam no
canal futura) onde li, entre vários relatos, o da professora da 2ª série Lúcia que já
trabalhava com projetos, mas tinha muitas duvidas, a experiência vivida pelo professor Haroldo do
Instituto Educacional Integração e seus alunos da 4ª série no projeto sobre
crianças que precisam trabalhar e deixam
de estudar , o que resultou a produção de um vídeo, um livro e uma campanha para trazer as
crianças de volta as escolas. Imprimi e guardei, pois para um futuro pedagogo, esse material é
valiosíssimo e como vimos nos vídeos do canal futura, o ser humano pode deixar
de fazer tudo, mas não pode deixar de pensar, porque são as perguntas que movem
o mundo e não as respostas.
No dia anterior ao seminário, dei
uma última olhada na disciplina na plataforma e preparei-me com muita ansiedade
e vontade de participar da oficina e não me decepcionei. Foi acolhedora porque
a Kátia nos recebeu muito bem. Distribuiu um crachá de identificação do evento para cada um,
fazendo uma dinâmica de apresentação pessoal
e um questionando sobre o que
cada um tinha deixado em casa para participar do seminário. Passada as
apresentações, assistimos o vídeo com
Adriana Calcanhoto cantando a música “oito anos”, mostrando bem os
questionamentos naturais das crianças e a partir daí começou uma discussão em
termos de se trabalhar com projetos em salas de aula a partir dos
questionamento s dos alunos, como fazer e seguir um roteiro e a construção dos
Blogs.
Primeiramente a tutora Kátia pediu que nos
dividíssemos em grupos de quatro a seis alunos, o que não foi difícil, pois já
estávamos acostumados a nos agrupar para estudar e compartilhar os almoços em
dias de aps, então Eu, Suzi, Lù, Margarete, Pri e Márcia formamos o grupo e como tínhamos o costume mostrar uma as
outras fotos e vídeos interessantes (naquele momento, estávamos vendo pela internet, a foto de um homem batendo bolo com uma furadeira adaptada,
resolvemos fazer nosso projeto voltado para a criatividade dos brasileiros em
dliblar as dificuldades cotidianas. Pensamos no nome de modo a justificar o
projeto e aí nasceu o De que Jeitim?
Pausa para o almoço. Ao retornarmos, fizemos a lista dos componentes do grupo e o roteiro,
tiramos foto do grupo,e a pedido da tutora,
apresentamos à turma e falamos do
nosso projeto, o qual ela numerou como Grupo 2. Sanadas todas as dúvidas, ela
encerrou com um vídeo musical positivo e
incentivador com a canção intitulada “TEM QUE ACREDITAR” com Sandra de Sá
e MC Marcinho. Muito bom e propício para o momento, porque, afinal de contas ,
tínhamos que acreditar que era possível realizar o projeto, tudo dependia de
nós acreditarmos e aconteceu...estou relatando. As orientações recebidas da tutora presencial Kátia em muito contribuíram para essa realização.
Colocando a mão na
massa, entramos no fórum e começamos. O interessante é que, acredite, apesar de
distante uma das outras, a interação aconteceu de tal forma que parecia estarmos juntos, inclusive com a
tutora a distancia Helena, que muita
atenta a tudo, não deixando escapar nada, e como todo bom projeto tem que ser
flexível, o nosso não poderia ser diferente e como não estávamos encontrando
algumas resposta, seguimos as orientações da Helena e reorganizamos o roteiro do Blog, o que não
impediu de concluí-lo e como ela disse: “ deixamos uma brecha para futuras pesquisas de campo”. Bacana! Até comentei no fórum
sobre quando víamos aquelas fotos e vídeos engraçados postados na internet
,ríamos muito e achávamos criativo do tipo “ se vira nos trinta”,
o modo como as
pessoas se superavam em criatividades para suprir suas necessidades e não
imaginava a dimensão que poderíamos alcançar
através desse projeto e olha aí o que estamos aprendendo. È só a ponta
do fio do novelo. Como diz minha amiga Pri: “é pano pra manga.”
Por meio desse
projeto, é possível trabalhar a interdisciplinaridade em sala de aula
utilizando recursos pedagógicos disponíveis, levando nossos alunos a uma
reflexão, principalmente, sobre as desculpas de não fazerem o dever de casa a exemplo do que
aconteceu como uma aluna do 5º ano, que um dia antes da minha aula
compartilhada do estágio, fiz uma enquete
com os alunos do que eles já sabiam sobre Cordel e pedi que pesquisassem na internet
sobre Literatura de Cordel e a mesma disse-me que não ia fazer porque não tinha computador; disse-lhe que desse
um jeitim, ao que ela me respondeu:
que jeito, tia? Na biblioteca da escola, respondi. Esse assunto daria um ótimo
projeto de pesquisa sobre a história dos computadores e como as pessoas
pesquisavam antes da invenção, não é mesmo? Mas isso é um outro projeto que já
estou planejando para por em prática
quando for professora ou tiver oportunidade. Voltando ao nosso projeto,
podemos trabalhar questões geográficas com regiões onde o mesmo jeitim é usado
como no caso de no nordeste as pessoas
dão um jeitim de usarem rapadura ralada na falta do açúcar , nas questões
históricas, a origem de como as pessoas começaram a usar esse jeitim a começar
pelo antropólogo Roberto DaMatta com suas definições em tempos de Brasil
República, nas questões de língua portuguesa , trabalhar os erros
ortográficos, silabação, fonética, etc.
encontrados no jeitim
brasileiro de construir seus próprios cartazes comerciais a exemplo
de CEJA BEM VINDO E ESPRIMENTE A LINGÜIÇA...entre outros postados no Blog. Sem
discriminação. Apenas para uso educacional.
Bem, creio que estou chegando
ao fim da minha viagem neste relatório e quero dizer, ou melhor, escrever que
foi muito prazeroso participar, interagir, construir e solidificar tudo que
aconteceu nesses últimos dias. Quero ressaltar o clima de cooperação entre os
grupos na troca de saberes, nas visitas
carinhosas e estimulantes, através desse recurso tecnológico, que souberam
muito bem usar de maneira positiva em
prol do sucesso de todos. No último domingo, entre uma AP e outra, reunimo-nos
para fechamento dos trabalhos e tiramos uma foto de recordação, que a Priscila
já postou com uma última mensagem “Antes
de dizer adeus...” no Blog para este
seminário.Pra quem quiser conhecer nosso trabalho, assista em: http://dequejeitim.blogspot.com.br/
Obrigada a
todos pelas contribuições e orientações que me fizeram chegar até aqui.
Obrigada Tutora Kátia Ponce! Obrigada Tutora
Helena! Obrigada Equipe do
IV SEMINÁRIO! Vocês fazem parte da minha
história no CEDERJ. Muitos abraços carinhosos para todos! E até sempre.
Rio de Janeiro, 28 de maio de 2013.
Jovina Helena da F. Gomes
Cada um com seu jeitim de viver e vencer!