quarta-feira, 29 de maio de 2013

IV SEMINÁRIO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS

Curso Licenciatura em Pedagogia UERJ-CEDERJ


A Importância de Trabalhar Projetos em Sala de Aula


                        Ao ler o enunciado na disciplina da plataforma do que seria o IV Seminário, fiquei muito  feliz  com a importância desse aprendizado mas ao mesmo tempo, ansiosa e apreensiva, pois além de atuar como voluntária na rede pública e não ser professora ainda, nunca trabalhei com projetos porém, ao ser recebida com um Bem-vindos! e a linda poesia “ Assim como as ondas no mar” de Jorge Linhaça, logo me animei e como um bom surfista faria, me preparei para surfar nas ondas dos novos aprendizados, pois as ondas erguem-se e assustam mas, o temor não dura mais que uns instantes e cercada de tanto apoio e carinho pela equipe, com certeza sobre elas, não vou naufragar e como escreveu Amyr Klink:” um homem precisa viajar...” e lá vou eu.  
                            Depois do fórum de apresentação, iniciou-se uma conversa com uma tirinha muito interessante onde a menina Mafalda com suas inquietudes, que é normal de todas as crianças, deixa a professora encabulada. Passei para o Caderno da TV Escola (escrito em 1998 para registrar e complementar uma série de Projetos de Trabalhos que passavam no canal futura) onde li, entre vários relatos,  o da professora da 2ª série Lúcia que já trabalhava com projetos, mas tinha muitas duvidas,  a experiência vivida pelo professor Haroldo do Instituto Educacional Integração e seus alunos da 4ª série no projeto sobre crianças  que precisam trabalhar e deixam de estudar , o que resultou a produção de um vídeo,  um livro e uma campanha para trazer as crianças de volta as escolas. Imprimi e guardei,  pois para um futuro pedagogo, esse material é valiosíssimo e como vimos nos vídeos do canal futura, o ser humano pode deixar de fazer tudo, mas não pode deixar de pensar, porque são as perguntas que movem o mundo e não as respostas.
                             No dia anterior ao seminário, dei uma última olhada na disciplina na plataforma e preparei-me com muita ansiedade e vontade de participar da oficina e não me decepcionei. Foi acolhedora porque a Kátia nos recebeu muito bem. Distribuiu um crachá  de identificação do evento para cada um, fazendo uma dinâmica de apresentação  pessoal  e um questionando sobre o  que cada um tinha deixado em casa para participar do seminário. Passada as apresentações, assistimos o vídeo  com Adriana Calcanhoto cantando a música “oito anos”, mostrando bem os questionamentos naturais das crianças e a partir daí começou uma discussão em termos de se trabalhar com projetos em salas de aula a partir dos questionamento s dos alunos, como fazer e seguir um roteiro e a construção dos Blogs.
                           Primeiramente a tutora Kátia pediu que nos dividíssemos em grupos de quatro a seis alunos, o que não foi difícil, pois já estávamos acostumados a nos agrupar para estudar e compartilhar os almoços em dias de aps, então Eu, Suzi, Lù, Margarete, Pri e Márcia formamos o grupo  e como tínhamos o costume mostrar uma as outras fotos e vídeos interessantes  (naquele momento, estávamos vendo pela internet, a foto de um homem batendo bolo com uma furadeira adaptada, resolvemos fazer nosso projeto voltado para a criatividade dos brasileiros em dliblar as dificuldades cotidianas. Pensamos no nome de modo a justificar o projeto e aí nasceu o De que Jeitim?  Pausa para o almoço. Ao retornarmos, fizemos  a lista dos componentes do grupo e o roteiro, tiramos foto do grupo,e a pedido da tutora,  apresentamos à turma  e falamos do nosso projeto, o qual ela numerou como Grupo 2. Sanadas todas as dúvidas, ela encerrou com um vídeo musical  positivo e incentivador com a  canção  intitulada “TEM QUE ACREDITAR” com Sandra de Sá e MC Marcinho. Muito bom e propício para o momento, porque, afinal de contas , tínhamos que acreditar que era possível realizar o projeto, tudo dependia de nós acreditarmos e aconteceu...estou relatando. As orientações recebidas  da tutora presencial Kátia  em muito contribuíram para essa realização.
                           Colocando a mão na massa, entramos no fórum e começamos. O interessante é que, acredite, apesar de distante uma das outras, a interação aconteceu de tal forma  que parecia estarmos juntos, inclusive com a tutora  a distancia Helena, que muita atenta a tudo, não deixando escapar nada, e como todo bom projeto tem que ser flexível, o nosso não poderia ser diferente e como não estávamos encontrando algumas resposta, seguimos as orientações da Helena e  reorganizamos o roteiro do Blog, o que não impediu de concluí-lo e como ela disse: “ deixamos uma brecha para futuras pesquisas de campo”. Bacana! Até comentei no fórum sobre quando víamos aquelas fotos e vídeos engraçados postados na internet ,ríamos muito e achávamos criativo do tipo “ se vira nos trinta”, o modo como as pessoas se superavam em criatividades para suprir suas necessidades e não imaginava a dimensão que poderíamos alcançar  através desse projeto e olha aí o que estamos aprendendo. È só a ponta do fio do novelo. Como diz minha amiga Pri: “é pano pra manga.”
                             Por meio desse projeto, é possível trabalhar a interdisciplinaridade em sala de aula utilizando recursos pedagógicos disponíveis, levando nossos alunos a uma reflexão, principalmente, sobre as desculpas de não fazerem o dever de casa a exemplo do que aconteceu como uma aluna do 5º ano, que um dia antes da minha aula compartilhada do estágio, fiz uma enquete  com os alunos do que eles já sabiam sobre Cordel e pedi  que pesquisassem  na internet  sobre Literatura de Cordel e a mesma  disse-me  que não ia fazer porque não tinha computador; disse-lhe que desse um jeitim, ao que ela me respondeu: que jeito, tia? Na biblioteca da escola, respondi. Esse assunto daria um ótimo projeto de pesquisa sobre a história dos computadores e como as pessoas pesquisavam antes da invenção, não é mesmo? Mas isso é um outro projeto que já estou planejando para por em prática  quando for professora ou tiver oportunidade. Voltando ao nosso projeto, podemos trabalhar questões geográficas com regiões onde o mesmo jeitim é usado como no caso  de no nordeste as pessoas dão um jeitim de usarem rapadura ralada na falta do açúcar , nas questões históricas, a origem de como as pessoas começaram a usar esse jeitim a começar pelo antropólogo Roberto DaMatta com suas definições em tempos de Brasil República, nas questões de língua portuguesa , trabalhar  os erros ortográficos,  silabação,  fonética, etc.  encontrados no jeitim   brasileiro de construir  seus próprios cartazes comerciais a exemplo de CEJA BEM VINDO E ESPRIMENTE A LINGÜIÇA...entre outros postados no Blog. Sem discriminação. Apenas para uso educacional.
                               Bem, creio que estou chegando ao fim da minha viagem neste relatório e quero dizer, ou melhor, escrever que foi muito prazeroso participar, interagir, construir e solidificar tudo que aconteceu nesses últimos dias. Quero ressaltar o clima de cooperação entre os grupos na  troca de saberes, nas visitas carinhosas e estimulantes, através desse recurso tecnológico, que souberam muito bem usar de  maneira positiva em prol do sucesso de todos. No último domingo, entre uma AP e outra, reunimo-nos para fechamento dos trabalhos e tiramos uma foto de recordação, que a Priscila já postou com uma última mensagem “Antes de dizer adeus...” no Blog  para este seminário.Pra quem quiser conhecer nosso trabalho, assista em: http://dequejeitim.blogspot.com.br/
                                   Obrigada a todos pelas contribuições e orientações que me fizeram chegar até aqui. Obrigada Tutora Kátia Ponce! Obrigada Tutora  Helena! Obrigada  Equipe do IV  SEMINÁRIO! Vocês fazem parte da minha história no CEDERJ. Muitos abraços carinhosos para todos! E até sempre.


Rio de Janeiro, 28 de maio de 2013.
                                                                                                                              
                                                                                        Jovina Helena da F. Gomes
                                                                                                  
                                     
                                                                   
                                        

                                        Cada um com seu jeitim de viver e vencer!

Crianças deslocadas pela violência na República Centro-Africana (RCA) assistem a uma aula ao ar livre em um acampamento. Foto: ACNUR/D. Mbaiorem.


                                
                          
                
                         
                       

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